Vivo no meio de computadores, iPAD, smartphones e Android. Transformo-me numa ciborguiana. Já não sobrevivo sem a tecnologia. Não a sinto fora de mim, sinto-a em mim (acho que já li isto em qualquer lado). Sobrevivo num complexo sistema de dispositivos de alta tecnologia. Nem a todos domino e tornei "dóceis", usando a terminologia foucauliana. Mas são uma terrível presença hegemónica na minha vida. Estou sempre comunicável, por telemóvel ou sms, localizada através de GPS. Ninguém me vê com os olhos mas tenho um corpo sempre localizado. Sinto-o, quase, biologicamente sincronizado com as tecnologias. Os seus sons acordam-me e, sem mácula aparente, re - adormeço descansada. Inconscientemente o meu corpo está robotizado como o dos ANDRÓIDES. Uma encruzilhada entre o mundo analógico, que sou, e um mundo digital que me envolve e enlaça. Sinto-me incompleta sem esta tecnologia que me rodeia. De...