“L'amour est quelque chose de trop abstrait et d'indiscernable. Il est dépendant de nous perçu et vécu par nous. Si nous n'existions pas, il n'existerait pas. Et nous sommes tellement changeants... Alors l'amour ne peut que l'être aussi. L'amour s'enflamme, trépasse, se brise, nous brise, se ranime...: nous ranime. L'amour n'est peut-être pas éternel mais nous, il nous rend éternels... Par-delà notre mort, l'amour que nous avons éveillé continue d’accomplir son chemin.”
Tudo começou com Julie Maroh, autora da BD que deu origem ao filme. Porém, não existe filme sem os comentários e relatos que envolveram a rodagem do filme.
Entre
o olhar na passadeira (onde de forma perfeita Adéle mostra aquilo que será
daqui para a frente a imagem do “amor à primeira vista”, a luz) e que resulta
de uma enormidade de horas de filmagem repetidas até à “perfeição” e os 700
“takes” de onde surgem duas importantes cenas de sexo (realizadas num espaço com 3
câmaras, técnicos, holofotes - luz-realizador) numa procura de fixar em imagens
em movimento o desejo ou a NATUREZA.
Na
memória fica Adéle. O olhar num rosto. Um rosto, um olhar. Adéle. E os beijos. Os
beijos de Adéle.
De
Emma fica a ideia de uma relação desigual e de umas parcas pinceladas pelas
artes não muito elaboradas e com uns lugares comuns não muito audíveis, num
cabelo “azul, a cor mais quente”. Do casal é sugestiva uma relação desigual,
entre a arte e o esparguete à bolonhesa. Tudo confinado a uma relação de desejo
lésbico.
Entre
uns desenhos de duvidoso gostos da Emma e a consagração da arte na exposição
final, passeia pela nossa frente a relação
das duas até à expulsão de Adéle de casa e da vida de Emma. No fim, Emma, que
já não ama e ou nunca amou ou amará na vida e Adéle, entre ranho e fungadelas surge-me
como “o amor”
cs
cs
Comentários
eu gostei muito, também. A procura da verdade, sim,incomodo não diria. Uma leitura cinematográfica que procura e conseguida, no olhar do que é "o amor á primeira vista" e no que é "a natureza do amor" que acredito ficará para a história do cinema. Qualquer amor convèm frisar, porque o amor é sempre o amor. Outra mais valia do filme.
Espero que não passe aqui ninguém muito entendido em cinema porque posso estar a dizer uma verdadeira heresia
De repente surge-me uma imagem horripilenda e senti um nojo desgraçado.