To the wonder
Em a Árvore da Vida as
perguntas eram :
"Qual o sentido do
sofrimento?" "Qual o sentido da perda?". Naturalmente, a estas
questões eram subjacentes outras, "porque permite isto Deus e qual o
consolo que nos dá a fé".
Malick, na minha opinião,
busca uma origem antropológica na criação do Universo, o Big Bang, veiculada nos dinossauros.
Um conjunto inesquecível de imagens mostrando o cinema no século XXI. Escavaca o olhar da nossa civilização cristã naquela luta da relação do Homem enquanto Pai e Filho, Mãe e Irmão. Uma luta malfadada.
Por último, o fim da vida terrena e a reconciliação no céu. Tenho ideia, nunca li a bíblia, mas de por lá encontrarmos, algures, a promessa que no céu é o lugar onde Deus nos enxugará todas as lágrimas.
Um conjunto inesquecível de imagens mostrando o cinema no século XXI. Escavaca o olhar da nossa civilização cristã naquela luta da relação do Homem enquanto Pai e Filho, Mãe e Irmão. Uma luta malfadada.
Por último, o fim da vida terrena e a reconciliação no céu. Tenho ideia, nunca li a bíblia, mas de por lá encontrarmos, algures, a promessa que no céu é o lugar onde Deus nos enxugará todas as lágrimas.
A Árvore da Vida foi, na
minha opinião, uma fabulosa viagem pela história da vida e dos seus mistérios, que
culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão.
Malick oferece-nos, nem mais nem menos que, uma etnografia do
amor. O sujeito é o amor numa construção longa de 3 horas.
Terence engendra uma deliciosa narrativa, com menos efeitos cinematográficos que no anterior registo, mas repleto de imagens e metaforas.
Terence engendra uma deliciosa narrativa, com menos efeitos cinematográficos que no anterior registo, mas repleto de imagens e metaforas.
É uma prática, a do amor, que se inicia
numa "quase" memória zero e cresce.
“Trouxeste-me para a vida;
Em paz para sempre;
Rumo à maravilha;”
Absorve-nos, é introspectivo
“O amor torna-nos sós;
Fazer o caminho a dois
Os nossos interferem em
nosso favor
“Casa com ela. Ela tem as
mãos lindas.
E serás o meu padrasto”
Revemo-nos ou como atores ou
como observadores (expectantes)
“Ele amou-a e tornou-a
encantadora;
Era uma avalanche de
ternura;
O mundo está longe”
O amor é tragédia por
definição. Ele decresce.
“Se me tivesse pedido para
ficar eu tinha ficado;
O tempo parecia que não
existia;
O SEMPRE DUROU O NOSSO
MOMENTO;”
Quando os resultados se
questionam
“Prefiro uma fantasia do que
a vida que levava antes;
Já não posso dar-me ao luxo
de cometer erros com o amor;”
Se re-equacionam-se
“Voltei ao passado e já não
me sinto lá bem;
O amor pensou que o
conhecia, afinal nunca o tinha visto;
O invisível está sempre presente
e faz chorar;”
Quando o eterno é efémero
“no exacto momento que
trocámos alianças
Percebemos que tinha chegado
ao fim;
Que não existe sempre;
Não termina
“A vida é um sonho e um
sonho não se falha;
Sou duas, uma cheia de amor por ti e outra,
A que me empurra para baixo da Terra;
o amor que nos ama;”
O AMOR é sujeito. Quem já
esteve apaixonado tem neste filme um exercício inteletual com o qual se sentirá familiarizado. Arrebatamento; mas
sacrifíicio e entrega numa alusão a um amor abençoado por Deus ( personificado num padre e nas suas homilias).
Introduz e retira as crianças, os filhos, de forma a não interferirem no discurso. Elas não fazem parte deste amor.
Amor que se situa entre: a ansiedade das duas
mulheres em viver este sacrifíicio do amor ; e a indiferença do personagem
masculino, que mantém em aberto as opções distanciando-se do amor divino.
Mostra-se, também, nas dúvidas da personagem masculina do padre quando questiona a sua vocação, quando questiona a presença de Deus, quando observa a miséria da doença e da pobreza, de prisioneiros e viciados em drogas.
Mostra-se, também, nas dúvidas da personagem masculina do padre quando questiona a sua vocação, quando questiona a presença de Deus, quando observa a miséria da doença e da pobreza, de prisioneiros e viciados em drogas.
A verdade é que o personagem
masculina acaba só e o padre reconfortado com Deus. Olha a Humanidade como
feita por Deus. Deus que está em nosso redor, e o amor é a caridade que
oferecemos aos que sofrem. E ou
aceitamos esse dogma ou não existe amor.
Uma etnografia e não a essência do amor, porque é um filme de Malick a Deus.
cs
cs
Comentários
~CC~
gosto muito de T.Malick. Da sua luta entre filósofo (que o é) e produtor de cinema (que o é, também).
Gosto muito dos 20 anos que o separaram entre dois filmes. Esse The Thin Red Line, é duro porque dura é a descrição de James Jones.
Aprendi uma coisa nos filmes de Malick. Nunca ir ver um filme sem antes ler algumas criticas bem fundamentadas.
vou enviar-lhe um link que me parece interessante sobre The Thin Red Line