Já lá vão 35 ou 36 anos desde a primeira vez que rumou até sul. Era uma noite de viagem com amigos e amigas. Depois de alguns anos afastada dos mouros voltou.
Há
onze anos que é assim. Foram raros os anos que o verão não passou por Lagos.
Fazia-lhe bem. Se para alguns era Janeiro o tempo dos balanços, para ela era
aqui o lugar, e o verão marcava a hora de balanços e decisões.
Meteu-se
a caminho pela fresca da manhã. Lagos é daqui a 5 horas. A última hora de viagem o calor apareceu em força, 27 graus depois dos 50 já se notam , o sono
deu o ar da sua graça. Ainda uma paragem e um café, vidro aberto e continua-se.
Pelas
11 horas, instalada no apartamento, lençol em cima da cama e um soninho
retemperador.
Por
volta das 15,30 , debaixo de sol, redefinido o código de acesso ao
condomínio, a pé até à praia. Mais ou menos 600 metros , um calor a lembrar
que as férias começaram.
Areia
escalda, o corpo completamente suado a
pedir água. O mar à vista, saco de praia
para a areia e aproxima-se da borda de água.
O
frio da água soube-lhe bem. Entrou devagar, sorriu e recordou os loucos mergulho que em tempos dava
que eram autênticos choques térmicos, molhou-se. Refrescou-se toda. Mergulhou uma
vez. Três vezes na hora que se seguiu.
Virou-se
para o areal, focou o seu saco, saiu da água e olhou-se.
Era
agora um esqueleto rodeado já de bastante tecido adiposo, porém o primeiro dia
de férias assim o exigia.
Estendeu
a toalha, sacudiu a cabeça e o cabelo, sentou-se.
Cruzou
os braços em volta das pernas e olhou em redor. Esperava o senhor da borla de
Berlim sem creme. Nada.
Amanhã, sem falta, aparece o homem da “bola de berlim sem creme"
cs
Amanhã, sem falta, aparece o homem da “bola de berlim sem creme"
cs
Comentários
Boas férias.
Abraço
No Magoito não se está mal, embora sem o "homem das bolas de Berlim".
Os fins de tarde também sabem bem, com um bom livro e música nos ouvidos, na cama de rede do quintal... E a Lua a iluminar as ruas à noite, na volta do café.
Beijos Solarengos
( Lua