Em 2006 quando voltei para a função pública, depois de um longo período afastada a deambular por algumas multinacionais, achava o empreendedorismo algo fantástico. Eu tinha na minha sacola tantos saberes que, naquela altura, teriam feito tão bem ao grupo de trabalho onde me inseria. Modéstia à parte, tenho a certeza que teria sido uma grande mais valia.
Ao fim de pouco tempo, achei, não só, que nunca o iria fazer como, ninguém estaria interessado em nada. Com o tempo fui ouvindo disparates e mais disparates acerca de empreendedorismo que ficava de cabelos em pé. Sempre me incomodou definições atabalhoadas e que fossem promotoras de lotes de ignorância. Sempre me incomodou ideias oportunistas no tempo e cheias de nada. Sempre me enervou o achómetro português alavancado em meia dúzia de idiotices desconexas.
De repente, uma série de iluminados em marketing, gestão e empreendedorismo surgem das trevas agarrados a canudos e cheios de disparates em forma de "achos" e de "é assim" que me arrumaram no silêncio e no absoluto desinteresse por idiotices.
É a razão porque este texto que aqui deixo o link é a meu gosto
Boa semana que a minha vai ser de muito trabalhinho.
A paixão segundo G.H. (1965) – – – – – – – – estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi — na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro. Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser — se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele. Perdi alguma coisa que me era essencial, e que ...
Comentários
:)))
assino por baixo :)
Estes tipos têm uma cartilha ideológica que vão prosseguir até às últimas consequências se ninguém os parar... nem que seja a tiro!