Fascinante o exercício que este roteiro alberga. Primoroso li algures e não me ocorre outro adjetivo. Um argumento já de si interessante absolutamente envolvente quando introduz um elemento, Samin, rico em transgressões à religião e , igualmente, rico em fé. A trama alavanca-se neste elemento que amplia a discussão. Sempre com a separação como fundo, que já era suficiente para um grande filme, este elemento enredado em cultura, religião e valores e dificuldades que a família alberga mente, inventa , denuncia e denuncia-se e, num dado momento, ficamos sem saber onde está a verdade. Essa procura da verdade, surge num elemento equilibrador, a filha. É aqui, na filha, que a relatividade da verdade não é só um viés, ela surge como algo não de todo absoluto mas sempre dependente do lado de quem conta a sua verdade e é disto que vive a história. Um grande filme sobre verdade, honra, ética...acho eu que não percebo nada de cinema. Outro galardoado co...