Vou ver se consigo ouvir a Ana Gomes.
A paixão segundo G.H. (1965) – – – – – – – – estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi — na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro. Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser — se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele. Perdi alguma coisa que me era essencial, e que ...
Comentários
beijos
não sei se a comparação da Ana Gomes foi assertiva. Esperava mais uma semana e dizia o mesmo de forma distinta e com efeitos mais certeiros. Eu gosto da Ana Gomes, olho-a (esta do olho-a tem muito a ver com olho clínico, não sei se reparou rsrs) como uma alma tão livre que a sua agenda dificilmente se encaixa onde quer que seja.
Estúpido e enervante foi mesmo aquela menina do CDS, qual dama ofendida, vir a terreiro mandar logo uns bitaites. Olhei para ela, de mãozinhas atrás das costas e arrepiei (lá está eu e o olhar...ando mesmo com o Foucault ás avessas, isto existem paixões que nos toldam os pensamentos:))
E pronto, aberto o jogo do vc é mais vigarista que eu, continuamos nas nossas vidinhas