Na
história da relação de Francis Bacon (1909-1992) com o retrato do Papa Inocêncio X, de
Velázquez(1599-1660) o que fascina é a
relação de Bacon com a sua vida de tensão e transgressão entre a religião e o
sexo, os seus tabus resultando a sua visão do mundo muito original.
Bacon
acompanha-me nos meus estudos sobre anatomia e os seus (dele) sobre o corpo. O
corpo em Bacon surge entre fantasias
(pedófilas e masoquistas) que ainda hoje chocam.
A
sua ligação a técnicas de dissecação forense e o destaque que vai dando aos
fluidos corporais como o sangue, bílis, urina etc. e a maneira como usa o
espaço-corpo para os seus devaneios e exercícios de criatividade, sensibilidade
e até pensamento são deveras ímpares.
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