Puseram-se a contar pelos dedos os barcos
Que faltariam para chegar o verão
Nenhum deles falava. Tinham passado juntos
Algumas noites, num quarto sem vista. E, embora
Julgassem o contrário, não conheciam um do outro
muito mais que isso.
Estavam ali sentados para ver se acontecia alguma coisa.
No verão
Alguém viria forçosamente buscá-los.
Maria do Rosário Pedreira, 2012:31,
Poesia Reunida.
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