Não adianta muito meter a cabeça debaixo da areia.
O declinio do Ocidente é uma realidade e tem uma extensão que nos assusta, a nós que a ele pertencemos. O Ocidente está obrigado a uma remodelação dos seus valores redistributivos de uma riqueza cada vez mais escassa. É o momento que a todos se exige criatividade, sabedoria, inteligência porque , mesmo com niveis mais escassos de riqueza, não se pode deixar cair o estado social.
O declinio do Ocidente é uma realidade e tem uma extensão que nos assusta, a nós que a ele pertencemos. O Ocidente está obrigado a uma remodelação dos seus valores redistributivos de uma riqueza cada vez mais escassa. É o momento que a todos se exige criatividade, sabedoria, inteligência porque , mesmo com niveis mais escassos de riqueza, não se pode deixar cair o estado social.
Num futuro que é já hoje, todos vamos ter menos, vamos consumir menos, e
todos, sem excepção, teremos de olhar de frente para momentos de pobreza que se
aproximam.
Não temos de ter medo das reformas, de atalhar caminhos novos, não é
inteligente agarrarmo-nos agora a ideias modernistas, quando no tempo certo não
atingimos nenhuma delas, não adianta agarrarmo-nos a cegueiras e a literacias
económicas.
Não temos nada que nos ajude. Não temos nós, nem tem a Europa. Mesmo
essa, a do Norte, a dos bons, nada tem para oferecer a um mundo em mudança.
Agarra-se a nada. Não tem supremacia nem técnica, nem inteletual. Escuso-me a
falar da moral. O estado de pauperização europeu é mais que muito. A Europa
nada tem para oferecer ao mundo, ao novo mundo que cresce punjante.
A verdade é penosa, o caminho é de retrocesso. Não estamos preparados
para isso. Não estou , CONFESSO. Mas tenho de fazer este caminho inteletual. Esta
é uma discussão que a esquerda tem de fazer. Esta é uma discussão que fará renascer
utopias. Eu preciso de utopias para continuar.
A saber: se a direita tem uma “agenda ideológica”, qual é a minha, que sou humanista? Das
antigas certezas resta-me esta. Eu continuo a querer um mundo melhor, mais
justo, livre. Sinto que tem de existir uma MUDANÇA profunda. Sinto-me orfã de
um “estilo de pensamento”.
Como se compagina o mundo agora? Quem sou eu amanhã?
cs
Comentários
é urgente ou acabamos todos dóceis e autómatos. sinto-me num mundo panóptico e começo a não acreditar :(
:)