Avançar para o conteúdo principal

Imagens o que são!?


"A humanidade permanece irremediavelmente presa na Caverna de Platão, continuando a deleitar-se, como é seu velho hábito, com meras imagens da verdade. Mas ser-se educado por fotografias não é o mesmo que ser-se educado por outras imagens mais antigas e mais artesanais. Na realidade, a quantidade de imagens que nos rodeia e exige a nossa atenção é agora muito maior. O inventário teve o seu início em 1839 e desde então tudo, ou quase tudo, parece ter sido fotografado. Esta insaciabilidade do olhar fotográfico altera os termos da reclusão na caverna, o nosso mundo. Ao ensinar-nos um novo código visual, as fotografias transformam e ampliam as nossas noções do que vale a pena olhar e do que pode ser observado. São uma gramática e, mais importante ainda, uma ética da visão. Por fim, o resultado mais significativo da atividade fotográfica é dar-nos a sensação de que a nossa cabeça pode conter o mundo todo - como uma antologia de imagens." da Quetzal 




Se tiverem um a mais, se por acaso compraram e estão arrependidos, se  já leram tudinho, sei lá....eu mando a minha morada e enviam, à cobrança, claro.

Façam o favor de estar à vontade :))

Comentários

S disse…
Bolas, agora fiquei com água na boca...
(fez-me recordar uma aulas de história da fotografia que tive com um professor extraordinário)
cs disse…
sónia

acredito que tenha deixado àgua na boca. Até a mim que nem de fotografia sei nada.
Julgo que está disponível desde dia 17.

bjoca
cs
via disse…
gosto muito da sontag, sobretudo dos ensaios, mas este livro desconheço, a quetzal editou há pouco os diários.cumprimentos e bom fim de semana
Maria J Lourinho disse…
Tenho outros dessa magnífica senhora, mas esse não. "Olhando o sofrimento dos outros" é também um magnífico ensaio sobre as imagens. Esse, até posso emprestar por troca com o iPad (escute aqui uma boa gargalhada pf)
cs disse…
mjl

esse também tenho. Aliás em tempos relembrei-me dele numa conferência e até fiz um post.

http://5sentidos-cs.blogspot.pt/2010/10/susan-sontag-olhando-o-sofrimento-dos.html

Outro que me serve de bíblia e é um trabalho primoroso chama-se "a doença como metáfora" numa analogia muito interessante entre o cancro e tuberculose e as suas imagens/representações.

enfim, uma mulher de se tirar o chapéu. Por todas as razões :)
cs disse…
via

eu também gosto dela. Um espírito muito Virginia Woolf :) acho eu....
S disse…
só para dizer que não resisti e já comprei!
:)
cs disse…
:) tenho a certeza que vale os 20 euros. Estive com ele na mão :)
S disse…
20 euros? custou-me 16,60 salvo erro. Depois quando o acabar digo qualquer coisa.

um beijinho e obrigada pela dica
cs disse…
vi na Bertrand. Posso estar confundida
S disse…
julgo que numa Bulhosa.
:)

Mensagens populares deste blogue

Lispector, C., parte 1

A paixão segundo G.H. (1965) – – – – – – – – estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi — na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro. Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser — se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele. Perdi alguma coisa que me era essencial, e que ...

O final de 2017

às vezes apetece voltar. Sim, voltar e escrever  Escrever é um processo que funciona de  diferentes maneiras  Pode ser um grito um sufoco mas é sempre egoísta é egoísta usar as palavras para interpretar usar as palavras para purgação usar as palavras para direcionarmos a atenção para nós escrever é morrer devagar lentamente. É despedida e é tristeza

"Cartas grandes porque não tenho tempo de escrever pequenas"

Eu nunca sei, neste ou naquele caso, o que sentiria.  Às vezes nem mesmo sei o que sinto. ( …) O meu estado de espírito actual é de uma depressão profunda e calma.  Estou há dias, ao nível do Livro do Desassossego. E alguma coisa dessa obra tenho escrito.  Ainda hoje escrevi quase um capítulo todo. Pessoa, F., 1914,   Cartas de Fernando Pessoa a  Armando CôrtesRodrigues (Introdução de Joel Serrão) Lisboa:Conflu~encia, 1944  . 3ª Ed. Lisboa:Livros Horizonte, 1985-36