Em tempos passou-me pela cabeça fazer uma licenciatura em História. Tenho a certeza que não estaria arrependida. Amo, apesar de ter sido sol de pouca dura e as voltas da vida lá me empurraram para uma licenciatura na área das ciências da Saúde. E lá dei volta e cá estou eu no meio entre a Medicina e a mais humanista da ciência, ou a mais cientifica das humanidades (Eric Wolf), a Antropologia.
Enquanto alinhavo a metodologia da minha dissertação e percebo a minha paixão pela etnometodologia das ciências , uma metodologia híbrida por se tentar objetividade e clarificação mas sempre comprometida apesar da postura obrigatória de vigilância e a reserva obrigatória na relação com os sujeitos da investigação . Um fascínio sustentado em dualidades e compromissos entre opostos donde lhe vem o seu encanto e a sua imensa dificuldade, uma metodologia que obriga, quase, a "estar lá", pensava nos historiadores e de como vivo neste constante conflito entre o insider/outsider
Os historiadores vivem num constante confronto inteletual. O primeiro é que nunca lá estiveram e chegam sempre tarde.
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