“O
estado de exceção apresenta-se, nessa perspectiva, como um patamar de
indeterminação entre democracia e absolutismo.”
Giorgio Agamben
Giorgio Agamben
Recentemente vi o documentário de
Ricardo Seiça, “O Estado de Excepção”,
onde o autor associa o termo à luta do CITAC antes do 25 de Abril sobretudo.
Fiquei com vontade de aprofundar o conceito e o
dia 25 de Abril de 2012 parece-me bem para voltar a Agamben e à sua definição do “Estado de Exceção”.
Utiliza-o Agamben quando estuda
os momentos considerados antes de “exceção” – de emergência, de sítio, porque
não de guerra? – onde o Estado utiliza de dispositivos legais precisamente para
suprimir os seus próprios limites e os da sua atuação, a legalidade e os
direitos dos cidadãos.
O “Estado de excepção” surge como a legalidade daquilo
que não pode nem deve ter uma forma legal. E o que era uma “exceção”, este
poder de que o estado se apropria , para lá de todas as normas e regulamentações,
hoje não é excepcional mas o padrão em que alguns estados se arvoram
sustentados na máxima que é manter a ordem. Este “Estado” tornou-se agora o paradigma
onde se legitima a suspensão dos direitos como se fosse algo inevitável.
Bom dia 25 de Abril de 2012.
Não é um dia feliz para os portugueses com exceção, claramente, de uma classe politica podre e um paradigma gasto.
:(
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