A paixão segundo G.H. (1965) – – – – – – – – estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi — na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro. Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser — se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele. Perdi alguma coisa que me era essencial, e que ...
Comentários
beijos
A idade ensinou-me o contrário. Todos fazem falta, mesmo aqueles que nos põem para trás das costas
bjo
Beijos.
a verdade é que nem sempre conhecemos é os nossos limites.
E a experiência diz-me que eles são elásticos. Nós aguentamos, claro que aguentamos, renascemos outras pessoas.
é importante é ao se perder a serenidade não nos transformemos em seres amargos.
:) bjo
dói, som. E atordoa
bjo
outro
sinto alguma amargura e rancor é pena não se ter identificado..
É uma frase bíblica e parece-me imbuída de algo tão rancoroso e vingativo , claro que é a minha exegese
Originariamente a frase seria:
"A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros"
na verdade não estou assim tão ligada a Deus.
Felicidades para si e que a vida o deixe ser "pouco amargo"
Cumprimenta
cs
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