"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve."
Borges in www.citador.pt
Vinha comentar o espectáculo da Cristina Branco ontem em Estarreja e só me lembro desta frase de Borges.
Definitivamente a Cristina aportuguesou-se. E eu que gosto tanto dela,(ver hiperligação) ontem saí com um amarguinho de boca. Como boa portuguesa uma desculpinha aqui outra ali, um ensaio cheio de escusas, umas letras cheias de autores, imaculabilidade que fica sempre bem. Um não comprometer assumido e básico.
De Gardel, Baudelaire (o que eu gosto de Charles) a Antunes, muita Freitas, pitadas de Laginha e Maria João, e Alegre. Alegre fica sempre bem. Tudo muito certinho e politicamente correcto.
Sim, a Cristina aportuguesou-se.
Há ali qualquer coisa que não agradou nesta mulher com tiques de menina. O que vale é que lhe desculpo tudo. Menos o ter tirado o tule preto e ter desnudado os braços. Parecia a vocalista dos Deolinda.
Já agora voltar a ouvir o disco. Faz toda a diferença. Aqui fica o Baudelaire, que não foi o de Estarreja. Um comentário para o Bernardo Moreira, excelente ontem à noite, acompanhando a Cristina com alma.
Comentários
Acho-a numa fase de serenidade...com orquetrações e acompanhamentos instrumentais quase perfeitos, este seu mais recente trabalho, num leitor de mp3 e com auscultadores, tem servido para me adormecer quando o sono teima em não chegar.
Um abç
Raramente a interpretação supera a criação.... mas este é o caso na Cristina!
Já agora acho-a muito fácil, por acaso.
Até em Holandês não é difícil. :)
gosto tudo nela. :))