Essa sua mania de desaparecer e não ter voltado não foi uma boa ideia. Acho, mesmo, que é das suas ideias aquela que menos concordo. Claro que sofro. Claro que lhe sinto a ausência. Falta de discordar de si. Falta das suas frases emblemáticas…”vocês não me deixam falar!”.
Falta dos seus pitéus. Falta do seu optimismo. Já agora confesso , eu, pessimista profissional, quando me sinto junto ao abismo lembro-me quando dizia: “Vai tudo correr bem”.
Mas, já que resolveu partir. E, essa liberdade foi a que me ensinou a usar na vida. De fazermos o que tem de ser feito, para seguidamente nos sentirmos soltos. Mas dizia, já que resolveu partir , que esteja bem. Quero muito que esteja bem.
Os anos passam desde que foi e eu quero sempre que esteja bem. Deve estar aí com os amigos, a fazer uma galinha à “cafreal” ou uma tomatada como só o Pai sabia fazer. E ao mesmo tempo a pensar na próxima representada que ia arranjar num qualquer País Europeu. Sempre amei o homem sonhador que foi. Até ao fim um sonhador.
Tenho saudades suas.
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